A POPULARIZAÇÃO DOS ASSISTENTES VIRTUAIS

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Ainda relativamente distantes da realidade brasileira, as assistentes virtuais já se estabeleceram em mercados mais maduros. A estimativa é que só a líder de mercado, Amazon, já vendeu mais de 25 milhões de unidades do Echo, que permite interagir com a Alexa, e que esse número deve ser duas vezes maior até 2020. Nos Estados Unidos, por exemplo, 40,7 milhões de pessoas de diferentes faixas etárias usarão esta plataforma pelo menos uma vez por mês em 2018. Esse número ganha ainda mais relevância quando sabemos que 35% dos usuários já compraram pelo menos uma vez por meio das assistentes, e outros 22% disseram que as utilizam sistematicamente para este fim.

A popularização desses gadgets é a prova de que caminhamos para um mundo em que a interação não se dá mais pela tela de desktops, notebooks, celulares, smart TVs, e as gigantes mundiais estão de olho nisso. Empresas como Google, Amazon, Apple, Microsoft e Alibaba têm apresentado plataformas de inteligência artificial com assistentes digitais cada vez mais potentes.

Um exemplo é a Apple, que lançou, logo no início de 2018, o “HomePod”, uma caixa de som inteligente controlada pela Siri. Também nesse ano, fomos apresentados ao Watson Assistente, da plataforma Watson da IBM. A pioneira Amazon, que, em 2014, trouxe a Alexa, vem produzindo dispositivos que podem ser conectados a ela, como o Echo e o Echo Bot.

Já o Alibaba, que junto com a Amazon encabeça a lista dos maiores e-commerces do mundo, hoje, tem o AliGenie, para simplificar o processo de compra de seus usuários e conectar os motoristas de carros da Mercedes-Benz, Audi e Volvo com o Tmall Genie. Os chineses, aliás, já têm nove das 20 maiores empresas do mundo e, a julgar pelos investimentos feitos em tecnologia, devem passar os EUA nessa área muito em breve. E, é claro, temos o Google, que lançou o “Home” em 2016 e, nesse ano, surpreendeu com o Duplex, um dos grandes destaques da Google I/O de 2018. Durante a apresentação, Sundar Pichai, CEO da empresa, conduziu a demonstração, mostrando uma solução capaz de resolver pequenas tarefas que exigem uma ligação telefônica real. Para agendar um horário no salão de beleza, por exemplo, bastou indicar a data e hora desejada, e a assistente direcionou a conversa com a atendente do estabelecimento, entendendo frases complexas e comentários longos, assim como perguntas objetivas e falas rápidas, além de acompanhar as mudanças no desenrolar da interação.

É a mostra de uma evolução desses sistemas que em 2017 já haviam chegado ao mesmo nível de entendimento dos humanos. Mas por que tanto empenho para sair na frente na oferta de plataformas de IA? Olhando para todos esses movimentos, fica cada vez mais claro que a meta não é apenas ser líder de vendas de um produto, mas dominar um mercado capaz de transformar os modelos de consumo e, consequentemente, o comportamento dos próprios consumidores e a forma como eles interagem com as empresas. É capitanear a potencial disrupção de toda uma cadeia de consumo.

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